A cada ano os serviços de Adblock estão crescendo em popularidade entre os usuários. Especificamente entre os mais jovens, que representam parte significativa das pessoas online, os aplicativos de bloqueio de anúncios já aparecem em mais de um terço dos celulares do mundo. Somente em 2020, o crescimento na adesão foi de 10%!
De acordo com o GWI, em 2019, 38% dos computadores na América do Norte tinham Adblocks instalados no seu navegador. Os números para a América Latina também estão próximos desse valor, e apresentam crescimento acelerado ano a ano.
O crescente uso e sofisticação das tecnologias que impedem a exibição de anúncios em diversos tipos de dispositivos, representam um grave problema para os editores, uma vez que a grande maioria deles depende da publicidade digital para a geração de receitas.
Troca de valor x Adblock
Para quem já tem familiaridade com a Internet, sabe, mesmo que inconscientemente, que há uma relação de troca de valor entre publishers e visitantes do site. O usuário ao entrar no site tem acesso gratuito ao conteúdo, e em troca, ele concorda em ver alguns anúncios para que o tráfego monetize o trabalho do criador do conteúdo.
Ao entrar em um site que exibe anúncios, o visitante já faz parte dessa troca. Com o uso de Adblock, a relação de troca de valor se quebra, isto é, o usuário acessa o conteúdo sem estar exposto aos anúncios.
Por razões óbvias, a “quebra do acordo” afeta as receitas dos editores negativamente.
Em forma de contra-medida, muitos editores utilizam pop-ups com mensagens para os usuários desabilitarem seu AdBlock. Além do pedido de desbloqueio, são comuns mensagens alertando sobre a importância dos anúncios para que mais conteúdos sejam produzidos.
Apesar de ser eficaz em alguns casos, o pop-up não é uma solução definitiva para todas as áreas, levando à perda de interesse em acessar a página.
Portais de notícias e outros temas que possuem alta oferta de conteúdo são alguns dos que mais sofrem com alta na taxa de rejeição ao pedir para desativar o Adblock.
O que leva usuários a instalarem AdBlock?
Ainda de acordo com o GWI, as principais motivações para instalar AdBlock são:
- Anúncios em demasia;
- Anúncios irrelevantes e intrusivos;
- Anúncios contém vírus e bots.
Estes resultados revelam que o principal incômodo trazido pelos ads é que eles atrapalham a fluidez da experiência do usuário, levando ao aumento do banner blindness.
No entanto, não se deve concluir que os usuários “não gostam de anúncios”. De acordo com uma pesquisa da Digital Connections, 36% dos entrevistados responderam que eles são mais propensos a realizar uma compra online se a mensagem que a marca apresenta for personalizada.
Ou seja, os usuários rejeitam os anúncios irrelevantes e se incomodam com aqueles que atrapalham sua navegação. Ao “bombardear” o visitante com diversos anúncios que não o interessam e atrapalham sua navegação, o desequilíbrio na relação de troca parte do lado do editor.
Outro motivo para a ascendente popularidade do Adblock, é a preocupação que cada vez mais dita as preferências do usuário: sua privacidade online.
Este tema, que se tornou ponto de muito interesse público em 2020, levou empresas gigantes a adaptarem sua operação para atender a demanda das pessoas em entender como e onde seus dados estavam sendo usados.
Um exemplo disso é o anúncio do Google que pretende eliminar os cookies de terceiros do seu navegador até 2023, algo que afeta diretamente a maneira como editores fazem a sua gestão de ads.
A promessa de proteger a privacidade de dados pessoais de malwares e outros tipos de ataques em ads fraudulentos é outra razão para o crescimento do uso de Adblocks.
Como conciliar a monetização com a experiência e privacidade do usuário?
Um ponto importante de ressaltar, é que a impressão negativa das pessoas sobre anúncios digitais são causados por alguns sites que de fato fazem mau uso do posicionamento e quantidade de anúncios, prejudicando todo o mercado.
Outra medida importante, é adaptar gradativamente as páginas do site para blocos de anúncios com campanhas que não utilizem dados pessoais para serem exibidos, e sim, em uma estratégia de marketing contextual.
Portanto, para manterem o crescimento das suas receitas, os editores devem ter a experiência do usuário e relevância dos ads e conteúdo como um dos pontos centrais da sua estratégia de monetização com anúncios.
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