Olá, estamos começando mais um podcast Ad Talks, o guru da programática. Aqui vamos falar mais sobre mídia programática e tudo o que você precisa saber para monetizar o seu site ou aplicativo com anúncios. Em cada novo episódio temos um guru convidado pela MonetizeMore para conversar com a gente e compartilhar sua visão sobre a programática. Então seja muito bem-vindo. Sinta-se em casa para aproveitar com a gente essa conversa. E se você ainda não nos acompanha nas redes sociais, nos siga no Instagram e se inscreva no nosso canal do Youtube, com vídeos novos todas as semanas.

Diego Dalbem: Bom, a gente tem presente aqui nosso convidado, Pedro Saynovich, que vai falar um pouco sobre a compra de tráfego para o publisher fazer e quais são os benefícios. Ele é criador da comunidade Saynovich, que reúne pubs que têm tráfego orgânico e pago. Ele já está há mais de 7 anos no mercado da programática e monetiza 13 sites. Correto, Pedro?

Pedro Saynovich: Isso aí! Galera, prazer estar com vocês para falar um pouquinho sobre compra de tráfego e o porquê você, como publisher, deveria estar comprando tráfego para os seus sites monetizados. Então hoje a gente vai abordar vários pontos, várias dúvidas que o pessoal geralmente tem e eu espero que com esse podcast, com essa conversa mais leve, a gente consiga orientar o pessoal a comprar tráfego qualificado para seu site.

Diego: Excelente, Pedro! Seja bem-vindo, cara. Agradeço muito sua presença aqui, por ter aceitado esse convite para estar no nosso programa. Bom, para começar, né, cara, quando a gente fala do mercado da mídia programática, a gente vê que a maioria dos pubs aqui da América Latina monetizam seus sites com anúncios vinculados com o Google AdSense e Ad Exchange. A gente também sabe que o revenue está totalmente vinculado ao volume de acessos que esse site vai ter ao longo do tempo, né? 

E, enfim, vinculado também a quantidade de visitantes para ter essa boa recomendação do seu site, aí onde entra a compra de tráfego nisso? Você pode ter um site orgânico ou também pode comprar tráfego… como é que a gente consegue com a compra de tráfego aumentar esse volume no número de visitantes do nosso site? 

Pedro:  O pessoal tá bem acostumado a trabalhar com tráfego orgânico, né? A maioria dos publishers que estão nesse mercado há mais tempo acaba explorando aí formas de tráfego orgânico, como o próprio mecanismo de pesquisa do Google, com urls mais evergreen, seja como fontes tipo Google News, Discovery,  e hoje também tem bastante tráfego de web stories, um lado novo do Google que o pessoal tem usado bastante e que costuma entregar bastante por ser um formato novo. O problema é que quando você explora mais tráfego orgânico você fica dependente do algoritmo. Então você sabe, quem está no mercado a mais tempo sabe que com alguma mudança do algoritmo do Google você pode perder aquele ranking, ser muito afetado, então se o número de acessos no seu site cai, seu faturamento também vai cair, né?

E outro ponto muito forte para quem depende do orgânico é que o CPM de tráfego orgânico tende a ser um CPM menor. Quem tem tráfego de web stories sabe que a taxa de rejeição é muito alta, o CPM vive baixo. Quem tem site de notícias e tem tráfego orgânico no nicho de notícias, sabe que o CPM é baixo. E dependendo de qual nicho você atue e qual seja sua estratégia de compra de tráfego, não é verdade que o CPM seja baixo no tráfego pago. Na verdade, como você consegue controlar o tipo de tráfego que você traz para o seu site, o CPM tende a ser muito maior.

Então se a pessoa atua no nicho de finanças, leilão, viagem, sabe que o CPM ia ser muito bom porque, justamente, você consegue trazer o usuário certo que tende a converter os anúncios. Então conheço muitos clientes que têm muitos projetos que têm CPM de anúncios elevados, com índice de 10%, 15%, coisa que você não vê no tráfego orgânico. Quem tem tráfego orgânico geralmente tem um CTR muito mais baixo, de 2%, 3%, então isso faz com que o pessoal que domina o tráfego pago consiga ter um potencial muito maior de receita e escalar com mais facilidade do que quem trabalha com o orgânico, que é muito mais difícil ter previsibilidade ao escalar, já que você não consegue prever quanto do tráfego orgânico o Google vai ter dar. Mas quem trabalha com tráfego pago sabe que você pode aumentar o orçamento, pode estar disposto a pagar um pouco mais pelas conversões e trazer mais tráfego para o seu site.

Então eu acho que aqueles publishers que estão só no orgânico têm uma mina de ouro que eles podem explorar, tem um potencial muito grande para melhorar a receita e o pessoal que já trabalha com tráfego pago eu espero que entendam que vocês tem que estar sempre testando, sempre explorando, tem novos nichos, novas formas de monetização, explorando novas URLs porque as coisas mudam muito rápido nesse mercado.

Diego: Total! E, Pedro, uma das formas, tanto pro tráfego orgânico quanto para o pago é apostar no SEO e no conteúdo de qualidade, né, tentar aparecer alí nas primeiras posições da busca do Google, né? Como é que investe nisso, além do tráfego? Ele tem que investir também nessa questão do conteúdo, para esse tráfego trabalhar dentro do site, né?

Pedro: O conteúdo é essencial, né? Você vê que, para comprar tráfego, os publishers muitas vezes lembram muito do tráfego mas esquecem que o conteúdo, os artigos são uma extensão do tráfego. Porque se você faz uma campanha, otimiza a campanha, mas a landing page e os artigos são ruins, não são bem otimizados, não tem um funil bem estruturado, você não vai conseguir aproveitar muito bem esse tráfego que você está levando para o seu site. 

Então tanto no orgânico, quanto no pago, você tem que focar muito na qualidade do seu conteúdo e otimizar os seus artigos. Eu gosto de dizer que  o publisher trabalha com um tripé: conteúdo, layout e tráfego. Não adianta nada você dominar o tráfego e o layout, se o site e conteúdo não estão de acordo com as políticas ou não estão bem otimizados porque se o conteúdo for ruim isso pode trazer anúncios errados para o site e isso vai fazer com que os usuários não convertam nos anúncios. Se o conteúdo é bom, que reúne o que o anunciante quer com os usuários, você vai ter aí métricas muito melhores, né.Otimizar o seu conteúdo é essencial, faz parte do processo para que você consiga aumentar a sua receita. 

Diego:  Perfeito! E essas métricas de performance têm tudo a ver alí com a taxa de conversão, tempo de permanência e isso tudo apresenta melhor o seu site, né? Bom, agora passando assim para os motivos, oportunidades e riscos da compra de tráfego, quais seriam as plataformas que existem hoje para a experiência de compra de tráfego? 

Pedro: As principais, eu sempre oriento as pessoas a começarem com Google Ads e Facebooks Ads, eu gosto até de explicar que o Facebook Ads, o pixel aprende muito mais rápido. Quem é mais iniciante, começa pelo Facebook, que o Facebook aprende muito mais rápido, mas o tráfego do Google é muito melhor para quem é publisher. Então se você compra tráfego através da GDN (Google Display Network), que é a rede e de sites de display de inventário do Google ou até no Discovery, você acaba tendo acesso a um público que engaja muito melhor em anúncios, você vai ver métricas melhores e isso faz com que sua monetização seja muito melhor.

Eu gosto de ter nos meus projetos mais tráfego de Google do que de Facebook porque isso melhora bastante as métricas e os sinais são melhores. Arrisco a dizer até que o Google puxa um pouquinho sardinha para o lado deles, no sentido de que eles gostam dos publishers que têm mais tráfego do Google do que do Facebook, o que faz todo o sentido. E mais um risco aí bem grande de quem compra tráfego, é um risco que muita gente não vai saber lidar ainda, que é a questão de tráfego inválido. É natural quando você compra tráfego de ter uma porcentagem de tráfego inválido que vem junto desse tráfego que você está pagando.

Digamos que é um mal, um câncer da indústria, mas é algo que você precisa saber lidar, né? Como publisher, muitas pessoas compram tráfego, monetizam seu site mas na hora que esse tráfego inválido chega no site, essas pessoas não têm nenhuma proteção. Então às vezes eles recebem um clawback, que seria uma retenção de receita por parte do Google, vai ter uma restrição de anúncio, um limite na veiculação de anúncios ou até um banimento, que é a pior coisa que pode acontecer com um publisher e que você poderia evitar se você soubesse mitigar esse risco. 

Diego: É? Ele consegue identificar isso? Como funciona? Como ele pode estar se precavendo nessa questão?

Pedro: Tem algumas formas. Eu gosto muito de usar o Cloudflare, que é um CDN que você consegue configurar um recaptcha e algumas outras coisas que lidam com o tráfego inválido. Então tem algumas configurações no Cloudflare que não ficam muito caras para o publisher e já criam uma certa, digamos, segurança.

Por exemplo, se você receber tráfego da Rússia ou da Índia ou de alguns países onde é comum ter tráfego de bot, o Cloudflare vai botar aí um recaptcha para esse usuário conseguir chegar até o site. Isso já é uma camada de proteção.

Para quem trabalha com monetização de sites, eu gosto muito da ferramenta da MonetizeMore, que é o Traffic Cop, eu utilizo ela em todos os meus sites. Basicamente, o Traffic Cop, para quem não sabe, é um script que vai dentro do site do publisher e identifica através de algoritmos de várias layers, várias camadas de proteção, ele identifica a sessão que tem mais probabilidade de ser inválida, de ser um robô, ou alguém mal intencionado que está tentando clicar várias vezes no anúncio e ele faz com que os anúncios não carreguem no site. Então, ele não bloqueia o tráfego inválido, ele bloqueia os anúncios de aparecerem para sessões que tenham risco de tráfego inválido. 

E eu até já testei outras soluções do mercado, até estava testando uma outra opção que é famosa nos Estados Unidos e eu percebi que eu tinha o mesmo clawback, a mesma retenção de cerca de 0,1% do Google, só que essa outra solução chegava a bloquear 10% do meu tráfego. Então ela era muito mais conservadora na hora de bloquear. Enquanto no Traffic Cop eu tinha o mesmo resultado de clawback, de retenção, de 0,15% e para quem trabalha com tráfego pago e monetização sabe que isso é um valor muito baixo, mas o Traffic Cop só bloqueava cerca de 1% do meu tráfego. Na verdade, impedia meus anúncios de serem mostrados para 1% do tráfego. 

E a versão nova do Traffic Cop em termos de relatório, para quem utiliza o PubGuru, você consegue ver de onde vem esse tráfego inválido: se é de UTM, se é de Add Farms, as fazendas de anúncio. Para quem não conhece, é basicamente locais onde tem vários celulares, pessoas são contratadas para seguir os anúncios. É bem rebuscada, então eu gosto muito de utilizar essas duas formas, o Cloudsflare e o Traffic Cop, eu acho que são uma combinação bem legal.

Diego: Para quem é publisher, consegue acessar e ter o dashboard para verificar tráfego, suspeito, tráfego inválido e as localidades também.

Pedro: Exatamente, no Traffic Cop lá dentro do PubGuru você consegue verificar tudo isso e já te ajuda muito. Para quem compra tráfego, acho que é uma ferramenta que você não pode deixar de ter. Se você tá começando e não tem nem dinheiro para investir, o mínimo do mínimo é você configurar o Cloudsflare para se proteger do grosso. Obviamente, o Cloudsflare é uma ferramenta que as soluções mais básicas de proteção não são tão caras, Se você começar a escalar eu acredito que você deva começar aí a usar métodos um pouco mais sofisticados para se precaver e evitar que aconteça alguma coisa com as suas contas de monetização.

Diego: E como a gente pode, de repente, na compra de tráfego, conseguir medir o ROI de uma campanha? Como a gente consegue fazer esse cálculo, quais são os números que a gente tem que olhar? Para ver se está valendo, enfim.

Pedro: A atribuição de receita é uma das principais dúvidas para quem trabalha com tráfego. O pessoal não sabe atribuir a receita. Eu vejo muita gente que trabalha com AdSense e pessoas que estão aí no mercado até há bastante tempo, mas tem uma atribuição de receita bem amadora. Eles utilizam o que a gente chama de canais, parâmetros de URL do AdSense. É basicamente quando você cadastra uma URL no AdSense e você vai conseguir ver alí as informações daquela URL. 

Eu gosto muito de utilizar a atribuição de receita através de UTM. UTM são parâmetros que vão na URL, você pode ter UTM source, campaign, media, content, e com esses UTMs você consegue fazer várias coisas em cima disso. Eu gosto de usar o GAM, que é o Google Ad Manager para conseguir importar esses valores de UTM lá dentro para que eu consiga rodar relatórios mais avançados e eu acho que para quem está nesse mercado também ter uma ferramenta como o PubGuru, que você consegue acompanhar suas UTMs, acompanhar as páginas mais valiosas, inclusive até linkar sua conta de Google Ads, Facebook Ads para acompanhar o ROI das campanhas, inclusive ver até o ROI das suas campanhas, eu acho que é essencial para você conseguir escalar onde está dando resultado. Você utilizar uma ferramenta como o PubGuru é como você ganhar um riffle de sniper, né? Você já vai ser certeiro, direto no alvo, sabe quais campanhas que dão certo e consegue escalar aí com muito mais facilidade. 

E para quem é novo na ferramenta, eu sei que deve ter alguns publishers acompanhando esse podcast… para o pessoal que é novo eu recomendo muito pedir aí para a MonetizeMore fazer uma call com a Dalvana ou alguém de Customer Success para mostrar a ferramenta para você se ambientar melhor porque realmente é muita coisa que você pode fazer lá dentro e se não souber como utilizar a ferramenta você vai acabar aí sem saber aproveitar os recursos que você tem. 

Diego: Realmente, são muitas features, né? E aí é uma plataforma unificada, né. É muito bacana porque tudo alí tu encontra, sobre seu site, tráfego inválido, enfim. Excelente, Pedro! Cara, eu queria saber por último se é possível você se manter com o tráfego orgânico. Sabe? Se você não quiser comprar tráfego é possível escalar, de certa forma, enfim, quais são as possibilidades também para uma pessoa que, poxa, usa o tráfego orgânico, gostaria de comprar tráfego, mas se pudesse manter orgânico… manteria.

Pedro: É totalmente possível. Lá dentro da comunidade a gente tem publishers que dependem de tráfego orgânico e têm um excelente resultado. Eu acho que é totalmente possível, só que depende muito do seu perfil. Para quem tem um perfil de que precisa ver resultados mais rápidos, tráfego pago é o caminho. Tráfego pago é rápido, tráfego orgânico é devagar. O orgânico tende a ter muito mais competição e depende dos algoritmos do Google para que você consiga rankear.

Você tem que ter uma boa estratégia de backlinks, uma boa estratégia de guest posts. Envolve outros conhecimentos e coisas que tendem a demorar alguns meses para você conseguir ver resultados. Então, hoje, eu vejo que é bem escalado no tráfego orgânico quem já trabalha nesse mercado há bastante tempo e eles focam bastante em backlink, né, ter links de qualidade apontando para o site deles e ter uma estratégia bem definida de guests posts. Fazem um trabalho muito forte de SEO para rankear palavras-chave específicas, eles fazem um trabalho muito forte de Web Stories, aproveitar o tráfego do Google News. No orgânico você precisa ter a consciência de que vai ter uma competição muito maior e você vai precisar de um tempo maior para escalar. Enquanto o tráfego pago, eu conheço publishers que lançam sites e em dois ou três meses já estão monetizando 10, 12, 15, 20, 30 mil dólares por mês. Então é uma velocidade que você realmente não consegue encontrar no tráfego orgânico.

Diego: Aham, perfeito! Cara, queria muito te agradecer, de estar aqui hoje com a gente, de ter conversado um pouco mais sobre compra de tráfego, o tráfego em si e também quais os riscos e como mitigar o tráfego inválido, né? Então para quem está nos ouvindo acho que ficou bem claro os motivos para compra de tráfego e também como otimizar as receitas dos seus sites. Logo mais teremos mais temáticas aqui no AdTalks, o guru da programática, e hoje foi o Pedro que esteve aqui com a gente. Pedro, gostaria de deixar algum recado para quem está nos ouvindo, o publisher que nos acompanhou até aqui?

Pedro: Claro, para a galera que quer conhecer mais também, tem o canal da MonetizeMore no Youtube, tem o meu canal, se você procurar lá por Pedro Saynovich, você vai encontrar lá. Eu faço uma live uma vez por mês sobre tópicos específicos para quem monetiza sites e você também pode me acompanhar no Instagram @saynovich. Você vai ver os cortes das lives e os conteúdos aí de um dia a dia de um publisher que, assim como vocês, também tem que passar pelo caminho das pedras da monetização. Então espero que vocês tenham curtido e a gente espera que vocês voltem para os próximos episódios para acompanhar aqui e crescer como publisher nesse mercado. 

Diego: Perfeito, Pedro! Obrigado mesmo! Obrigado a todos que ouviram até esse momento e fiquem ligados que traremos um próximo episódio para vocês. Valeu, pessoal!

Compra de tráfego: por que fazer e quais os benefícios? - Transcrição do Podcast Ad Talks
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